A eleição municipal de 2020 se encerra com mudanças no xadrez político brasileiro. Como resumiu o governador Flávio Dino (PCdoB-MA), a direita foi melhor do que a esquerda no conjunto dos municípios, sobretudo nas capitais e cidades grandes. Mas o bolsonarismo foi derrotado de modo contundente e sai enfraquecido da disputa.
Nomes como Manuela D’Ávila (PCdoB), em Porto Alegre, e Guilherme Boulos (PSOL), em São Paulo, tiveram mais de 40% dos votos válidos no segundo turno e se consolidam como referências da esquerda. Houve também vitórias expressivas, como as de Edmilson Rodrigues (PSOL) em Belém (PA), João Campos no Recife (PE), Edvaldo Nogueira (PDT) em Aracaju (SE) e José Sarto (PDT) em Fortaleza.
O campo democrático-progressista também teve êxitos relevantes nas eleições às câmaras municipais. Apesar das dificuldades crescentes, candidaturas a vereador de origem sindical se elegeram em diversas regiões, especialmente por partidos como PT e PCdoB.
Os metalúrgicos ligados à Fitmetal participaram de chapas vitoriosas, embora nenhum companheiro da categoria tenha sido eleito. Entre metalúrgicas e metalúrgicos ativos, inativos ou aposentados, foram dois candidatos majoritários (Sabará, candidato a prefeito em Batatais-SP, e Lourenço, candidato a vice-prefeito de Campinas-SP), além de cerca de 30 candidaturas proporcionais, em seis estados (AM, BA, MG, PE, RS e SP).
A Fitmetal saúda esses combativos companheiros que aceitaram a missão de representar as bases operárias e levantar as bandeiras dos trabalhadores nas eleições municipais. Que os esforços desses líderes sejam valorizados e reconhecidos – e que, cada vez mais, possamos ter presença na luta política institucional.
Precisamos avançar – pela democracia e pela frente ampla, contra o bolsonarismo, o entreguismo e a agenda econômica neoliberal.
Betim, 30 de novembro de 2020
A Direção Executiva da FITMETAL