A presença das mulheres na política assombra as forças conservadoras. Se dependesse dessas forças, o poder no Brasil seria eternamente restrito aos homens – um privilégio exclusivamente masculino –, como nos primeiros séculos de nossa História. Até o exercício mais básico da democracia – o direito ao voto – só foi estendido às mulheres em 1932 e consagrado numa Constituição em 1934.
Uma longa jornada de lutas garantiu a eleição das primeiras parlamentares, prefeitas e governadoras – até a histórica chegada de uma mulher à Presidência da República em 2010. As mulheres, embora ainda sub-representadas na política, já mostraram que é possível quebrar tabus, desafiar a ordem, ir longe e fazer história.
Mas tudo isso assusta e incomoda aqueles que desejam um País obscurantista, neocolonial e misógino. Eles precisam saber que nada mais vai deter o avanço feminino – nas ruas e nas comunidades, nas fábricas, nos comércios e nas escolas, nos movimentos organizados e nos partidos políticos, na sociedade e no poder.
A jovem, combativa e inspiradora Manuela D’Ávila, ex-veradora e ex-deputada pelo PCdoB-RS, candidata a vice-presidenta da República em 2018 e a prefeita de Porto Alegre em 2020, expressa esse crescente protagonismo das mulheres na política. Manu é o símbolo de tudo aquilo que os reacionários temem na esquerda e, ainda mais, nas mulheres comunistas: consciência, luta, coragem, mobilização e esperança.
Com o bolsonarismo e a pandemia de Covid-19, a violência contra as mulheres – incluindo a violência política de gênero – cresceu. Mas também há de crescer cada vez mais nossa união contra o atraso, o fascismo e a misoginia. A categoria metalúrgica se soma aos milhões de brasileiros e brasileiras que estão com Manuela D’Ávila. Das fábricas para as ruas e para as redes, levamos nossa voz de solidariedade, respeito e admiração.
#ForçaManu
#ForaBolsonaro
Betim, 9 de junho de 2021
Eremi Melo, secretária da Mulher, em nome da direção da Fitmetal