O Brasil viveu um dia de terror neste domingo (8), com a invasão e depredação das sedes dos três Poderes – o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o STF (Supremo Tribunal Federal), em Brasília. O novo e deplorável capítulo desta escalada golpista mostra que apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotados nas urnas, querem inviabilizar o novo governo e atacar a democracia.
O caso das invasões, porém, vai além do golpismo e transforma seus agentes em terroristas. É imprescindível que as autoridades brasileiras, especialmente o presidente da República, reconheçam a gravidade da situação e tomem todas as medidas cabíveis para identificar e punir os responsáveis, isolando cada vez mais o bolsonarismo.
O Brasil precisa ser reconstruído – do ponto de vista institucional, econômico e social. Mas as forças do atraso tentam deter esse projeto inadiável de reconstrução. O fortalecimento do Estado Democrático de Direito exige o esvaziamento dos acampamentos bolsonaristas em frente aos quartéis e o fim dos sigilos impostos por Bolsonaro, além da responsabilização e condenação do próprio ex-presidente.
Em 2022, os trabalhadores foram peças-chave na eleição de um governo vinculado à pauta da reindustrialização do País e da retomada do crescimento econômico, da geração de emprego e renda, da retomada de direitos e oportunidades. Vencemos o atraso nas urnas e precisamos vencê-lo novamente – nos tribunais, nas ruas, na luta.
Todo apoio à democracia!
Punição para todos os terroristas!
Por um Brasil livre da ameaça fascista!
Betim, 9 de janeiro de 2022
Assis Melo, presidente da Fitmetal (Federação Interestadual de Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil)