Apesar do mau tempo na manhã deste sábado (25/06) a categoria metalúrgica compareceu em grande número de pessoas e aprovou em assembleia geral extraordinária o reajuste de 12% nos salários, no piso, quinquênio e auxílio-creche. O reajuste já vai passar a valer pra o próximo pagamento para empresas que ainda não fecharam a folha ou com pagamento retroativo desde a data-base, que é junho.
Além disso, o valor descontado da folha dos trabalhadores e trabalhadoras referente ao transporte seguiu reduzido de 6% para 3,5%, representando um ganho de mais 2,5% a mais no salário dos metalúrgicos.
Considerando o INPC de 11,9% divulgado pelo IBGE em junho, o aumento de 12% representa um ganho real leve e a reposição salarial com base na inflação. Caso o índice não tivesse sido aprovado nessa assembleia, o aumento poderia não vir nos próximos meses e todas as cláusulas sociais serem perdidas pela categoria.
Nesse sentido, foi a união da categoria e a firmeza da direção do sindicato que puderam garantir uma convenção coletiva vitoriosa, já que o dissídio não se trata somente do reajuste salarial, mas sim de uma série de direitos não garantidos pela CLT. Segundo jornais de grande circulação, 64% das categorias que negociaram acordos coletivos em 2022 tiveram reajuste abaixo da inflação e registraram perda de direitos.
Durante a assembleia vários trabalhadores e trabalhadoras fizeram uso da palavra para destacar a vitória conquistada pelo sindicato nessa convenção coletiva considerando o contexto desse ano. Vale lembrar que nos anos anteriores o reajuste salarial foi de 10% em 2021 e 2.5%. Portanto, o dissídio de 2022 é o m maior dos últimos anos, apesar da conjuntura difícil.